Os analistas do JPMorgan destacaram, em um comunicado na 3ª feira (11.jun.2024), que a expectativa predominante no mercado é que Donald Trump será eleito presidente dos EUA. Ainda, que o Partido Republicano conquistará o Senado e que os Democratas ficarão com a maioria na Câmara dos Representantes.
Contudo, o banco de investimento ressalta ainda ser cedo para cravar os resultados eleitorais, considerando que uma grande parcela (70%) acredita que o Congresso continuará com sua atual divisão partidária.
“O sentimento dos investidores é de otimismo quanto ao impacto das eleições americanas no mercado financeiro”, informou o JPMorgan. “Só 12% dos entrevistados em nossa pesquisa consideram o pleito como o principal risco para os mercados.”
Ao compartilhar as análises mais relevantes sobre o cenário eleitoral, o JPMorgan afirmou que um eventual triunfo de Trump poderia endurecer a postura dos EUA na política internacional, especialmente em relação à China.
Assim, adotaria a filosofia de que “os Estados Unidos devem prevalecer e dominar” e intensificaria o uso de decretos presidenciais no âmbito comercial e de investimentos.
Além disso, foi mencionado que Trump poderia desfazer progressos nas políticas ambientais e de energia renovável.
Para o JPMorgan, um novo mandato de Trump contaria com aliados políticos experientes, diferentemente de alguns nomeados durante seu 1º governo, e possivelmente incluiria figuras já conhecidas e bem-vistas pelo mercado.
“Um governo Trump 2.0 poderia acirrar as tensões entre os EUA e a União Europeia, o que teria repercussões negativas para a Ucrânia”, disse.
O banco também observou que a eficácia da governança e o histórico são fatores cruciais para o desfecho das eleições, o que “atualmente coloca Biden em vantagem”.
MARGEM ESTREITA
No entanto, a instituição financeira projeta que a disputa presidencial de 2024 nos EUA será decidida por uma margem estreita de votos em estados-chave, similar aos cenários de 2016 e 2020.
Os debates presidenciais têm potencial para persuadir eleitores indecisos, mas também representam riscos para ambos os candidatos, conforme análise do banco. Paralelamente, destaca-se que a geração Z constitui um segmento eleitoral significativo, porém desencantado, o que suscita dúvidas sobre a participação eleitoral e a necessidade de propostas políticas direcionadas.
Com informações da Investing Brasil.