O Poder360 é lido por 49% dos congressistas e é o único jornal digital sobre assuntos do poder que mantém uma trajetória crescente de leitura no Congresso Nacional. Ao mesmo tempo, veículos tradicionais como jornais e revistas tiveram quedas em suas taxas de leitura dentro do Congresso, todos ficando com percentuais abaixo do Poder360.
Em 2017, o Poder360 era lido por 29% dos senadores e deputados. Subiu para 33% em 2018, para 43% em 2019 e chegou aos 49% de 2023.
Os dados são do Ipri (Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem), da FSB Holding.
A pesquisa foi estimulada, ou seja, o entrevistador citou os veículos e perguntou aos congressistas quais costumava ler.
Eis a taxa de leitura do Poder360 entre os congressistas de acordo com o partido ao qual estão filiados:
- Republicanos: 61%;
- PSB: 60%;
- PDT: 60%;
- PT: 56%;
- PP: 53%;
- União Brasil: 50%;
- MDB: 50%;
- PSDB: 40%;
- PSD: 39%;
- PL: 31%.
A principal fonte de informação de deputados e senadores é a internet (64%) –que soma blogs, sites, portais de notícias, redes sociais e grupos ou mensagens de WhatsApp. Em 2019, eram 47%.
A preferência dos congressistas por jornais tradicionais como fontes de informação despencou de 2019 para 2023: de 39% para 18%.
No caso de redes sociais, duas são as mais utilizadas por congressistas para se informar sobre o que acontece na política do país: Instagram (82%) e WhatsApp (77%). O X (ex-Twitter) é citado por 56%.
Sobre a veracidade dos conteúdos noticiosos veiculados nas redes sociais, 44% dos entrevistados acreditam que circulam igualmente notícias falsas e verdadeiras. Há 30% dos congressistas que consideram haver mais notícias falsas. Outros 24% percebem mais conteúdos verdadeiros.
Na pesquisa espontânea –ou seja, sem mencionar nomes de veículos–, o O Globo foi citado por 40% dos congressistas como jornal preferido. Ultrapassou a Folha de S.Paulo, que era lida por 61% dos senadores e deputados em 2019 e caiu para 35% em 2023.
Quando questionados sobre o consumo de notícias de jornais locais, 72% dos congressistas afirmaram ler publicações de seus Estados.
A revista mais lida é Veja (39%). O veículo, porém, perdeu leitores do Congresso em relação a 2019, quando 58% diziam ler a publicação semanal. A revista IstoÉ, que chegou a ter taxa de leitura de 65% em 2014, caiu para 30% em 2023.
Para chegar a esses dados, a pesquisa foi estimulada, ou seja, o entrevistador citou as revistas e perguntou quais destas o congressista costumava ler.
METODOLOGIA
A pesquisa entrevistou 187 deputados e 23 senadores de 17 de outubro a 22 de novembro de 2023.
Dentre os ouvidos, 87% eram do sexo masculino e 13%, do sexo feminino. Eis a divisão do perfil da amostra:
- brancos – 69%;
- pardos – 23%;
- pretos – 7%;
- indígenas – 1%;
- não informaram – 1%.
O Ipri realiza o levantamento com deputados e senadores desde 2017. No ano anterior, foram entrevistados somente deputados. Por causa de arredondamentos, a soma de alguns percentuais pode variar de 99% a 101%.