O presidente do Chile, Gabriel Boric, exigiu a remoção imediata de uma base militar argentina cuja construção ocupou parte do território chileno. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Stansstad, Suíça, nesta 2ª feira (17.jun.2024), depois da Cúpula pela Paz na Ucrânia.
O conflito diplomático começou quando a Argentina instalou painéis solares na Patagônia chilena para fornecer energia a uma base militar argentina na região. Embora o governo argentino tenha pedido desculpas, Boric deixou claro que, se os painéis não forem imediatamente removidos, o Chile tomará as medidas necessárias para sua retirada.
“Soube há algum tempo que a Argentina, ao instalar uma base militar na região da Patagônia, colocou painéis solares em território chileno”, disse Boric em suas declarações à imprensa. “Recebemos um pedido de desculpas do Itamaraty, mas quero deixar muito claro que as fronteiras não são algo passível de ambiguidades. É um princípio básico de respeito entre os países, e, portanto, esses painéis solares devem ser retirados o mais rápido possível ou nós mesmos o faremos”, continuou.
Segundo o veículo digital Infobae, Boric, que está na Europa para participar da Cúpula da Paz na Ucrânia, esclareceu que discutiu o incidente com o presidente argentino, Javier Milei. Segundo Boric, Milei informou que encaminharia a questão à sua ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino.
O ministro das Relações Exteriores do Chile, Alberto van Klaveren, apoiou a posição de Boric nesta 2ª feira (17.jun), enfatizando a importância das relações bilaterais, mas sublinhando a necessidade de uma solução imediata.
O embaixador argentino, Jorge Faurie, reconheceu o erro e propôs uma solução conciliatória, oferecendo fornecer eletricidade aos chilenos a partir dos painéis solares. No entanto, o Chile não considerou essa proposta viável.