O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), disse que a experiência de tomar ayahuasca é como “energia muito positiva”. Ele afirmou que já tomou o chá do Santo Daime de 4 a 5 vezes durante visitas a aldeias da Amazônia e disse nunca ter enfrentado preconceito por ter participado dos rituais.
“Para eu poder falar qualquer coisa, tenho que presenciar, tenho que viver. Como governador, tenho andado por quase todas as aldeias. Além de dormir, participo de todos os rituais […]. Tem uma frase que eu sempre digo: entre o céu e a Terra tem muitas coisas que a ciência ainda não descobriu”, disse Cameli em entrevista à Veja publicada neste sábado (2.mar.2024).
“Alguns acham que o chá vai mexer com o organismo, mas não tem nada a ver, muito pelo contrário. Quando você vai à aldeia para um festival dos povos originários, você toma a decisão de beber ou não o chá, é uma decisão espiritual e individual, ninguém vai te obrigar a nada”, afirmou o governador.
Segundo ele, os festivais indígenas do Estado atraem turistas, em especial europeus e americanos, que querem conhecer a cultura e as tradições locais. “É um visitante que chega aqui com um propósito diferente. A pessoa que procura essa experiência na floresta quer viver a realidade das aldeias”, disse.
“Você não vai encontrar ali um hotel 5 estrelas, mas há uma estrutura adequada para receber o turista que procura ver de perto tanto a floresta Amazônica quanto participar desse rituais”, declarou Gladson Cameli. Segundo ele, o governo estadual tem dado suporte às comunidades religiosas com a ajuda da iniciativa privada.