Brasil vai dobrar quantidade de eletropostos em 2025, diz entidade

O Brasil deve mais que dobrar a sua infraestrutura para recarga de carros elétricos até o fim de 2025. A Abve (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) estima que o país deve alcançar a marca de 10.000 eletropostos no país nos próximos 2 anos. Atualmente, existem cerca de 4.600 em território nacional.

O número de postos para recarga de veículos elétricos tem crescido nos últimos anos. Isso se deve a maior adesão de carros eletrificados no Brasil e parcerias entre distribuidoras de combustíveis que tentam se adaptar ao mercado e às montadoras que apostam nos elétricos e desejam ampliar ainda mais essa participação.

Em fevereiro deste ano, a distribuidora de combustíveis Raízen e a fabricante de veículos elétricos BYD firmaram um acordo para instalação de 600 pontos de recarga para carros eletrificados no Brasil. As entradas serão distribuídas em 8 capitais do país.

Apesar dessa expansão, a distribuição dos pontos de recarga preocupam o acesso de muitos brasileiros aos modelos elétricos. Isso porque mais da metade dos eletropostos está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do país, sendo quase 1/3 apenas no Estado de São Paulo.

Ao Poder360, o diretor e sócio do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura), Pedro Rodrigues, explicou que essa concentração de pontos de recarga nas regiões mais desenvolvidas do país se deve ao fato do acesso aos veículos ser restrito às áreas mais ricas por causa do preço elevado dos veículos.

Além disso, a instalação dos pontos de recarga dependem de uma infraestrutra robusta para transmissão de energia para recarregar os veículos. Segundo Rodrigues, as regiões fora do eixo Sul e Sudeste não têm capacidade para suportar um volume expressivo de eletropostos devido à fragilidade de seus sistemas de transmissão.

“As cidades no Sudeste e no Sul têm em sua maioria uma infraestrutura melhor do que as do Norte e do Nordeste, porque esse é um tipo de instalação cara e você não pode ter um posto de recarga se você não tem uma rede elétrica que de suporte nesses locais”, disse Rodrigues.

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