O governo do Haiti decretou estado de emergência e toque de recolher no domingo (3.mar.2024) depois que gangues armadas agiram para libertar milhares de detentos da Penitenciária Nacional do Haiti. Dos 3.696 presos, só 99 não escaparam e 10 morreram.
Conforme o Ministério das Comunicações do Haiti, gangues armadas libertaram aqueles que cumpriam penas por atos de homicídio, sequestro e outros crimes graves. A violência deixou vários presos e funcionários penitenciários feridos.
Pandan dechenman vyolans sa yo, ki te fèt plizyè kote, kriminèl ak gwo zam t ap chèche lage moun ki te nan prizon pou zak asasinay, kidnapin, ak lòt krim grav.
— Communication Haïti (@MCHaiti) March 3, 2024
O país enfrenta uma grave crise humanitária e de segurança desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021. Os acusados do assassinato do presidente estavam entre os encarcerados na prisão, disse o diário haitiano Le Nouvelliste.
O primeiro-ministro haitiano, Patrick Michel Boisvert, comunicou à imprensa que decretou estado de emergência de 3 dias e um toque de recolher de 18h a 5h de domingo (3.mar.2024) a 4ª feira (6.mar).
A nota justifica que a fuga dos detentos coloca em risco toda a segurança nacional e diz que o objetivo das restrições é “restabelecer a ordem e tomar as medidas apropriadas para recuperar o controle da situação”.
“A polícia foi ordenada a utilizar todos os meios legais à sua disposição para fazer cumprir o toque de recolher obrigatório e prender todos os infratores“, acrescenta o comunicado. A medida não se aplica a agentes policiais em serviço, bombeiros, condutores de ambulâncias, pessoal de saúde e jornalistas.
Segundo o chefe do Coletivo, Arnel Remy, dos 3.696 prisioneiros que estavam na penitenciária nacional, apenas 99 permaneceram.
Errata:
Sou 3696 prizonye ki te lan penitansye nasyonal se 99 selman ki rete
Donk se 3597 prizonye ki lage pye yo
Sa se nouvo opdet ke nou menm nan CADDHO nou genyen— Arnel REMY,Av (@ArnelREMY2) March 3, 2024