Em artigo, Lula critica avanço “preocupante” da extrema-direita

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou nesta 4ª feira (6.mar.2024) um artigo de opinião na edição impressa do jornal espanhol El País –mesmo dia em que recebeu o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

No artigo, Lula criticou o avanço da extrema-direita no mundo. Disse que quando a democracia “falha em garantir o bem-estar dos cidadãos”, figuras que “vendem soluções simplistas a problemas complexos” prosperam.

Disse ainda que o “modelo econômico excludente amplia desigualdades” e se transforma em “terreno fértil para o extremismo”.

O presidente também relembrou que a Espanha foi um dos primeiros países que visitou quando iniciou seu mandato em 2023 e que compartilha de valores em comum com Sánchez. Entre eles, “a defesa da democracia e dos direitos humanos, a promoção de políticas de inclusão social e o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a luta contra a crise climática”.

Disse ter apoiado os esforços do país contra a desertificação e se inspirado nele para o projeto de lei dos motoristas de aplicativo que “garante seus direitos”.

Além de ter citado feitos de seu 3º mandato, Lula também chamou a Espanha para uma aliança. “Poucas vezes na história o apoio entre forças progressistas mundiais, como a parceria que temos com a Espanha, se fez tão necessário e urgente quanto agora”, afirmou.

Por fim, elogiou o país por “apostar em governos que acreditam que a chave para responder aos ataques à democracia é melhorar a vida das pessoas”.

Leia outros pontos do texto:

  • Brasil na presidência do G20 – o chefe do Executivo disse que mobilizará recursos para criar políticas de enfrentamento à fome à pobreza por meio de uma aliança entre países;
  • COP30 no Pará – Lula defendeu uma transição e justa para uma economia de baixo carbono, para efetivar os compromissos da COP30, a ser realizada na Amazônia;
  • guerras – para o presidente, “a paz é um privilégio de poucos, enquanto as guerras causam destruição, sofrimento e a morte de inocentes”;
  • ações futuras – no contexto de liderança do G20, o presidente cita que defenderá a criação de um imposto global para os multimilionários, além de propor iniciativas para o trabalho digno.
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