Mesmo com a leitura do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acima do previsto pelo consenso, o BofA (Bank of America) segue estimando um corte de 0,25 p.p (ponto percentual) na taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, na decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) na próxima semana.
“Embora algumas medidas importantes, como serviços essenciais e núcleo médio, tenham acelerado, o aumento não foi alarmante. Os principais aumentos nos preços de mercado foram devidos a choques negativos de oferta”, declara o BofA, que vê o indicador oficial terminando o ano em 3,7%.
Assim, o BofA acredita que a Selic cairia dos atuais 10,5% para 10,25%. “No entanto, existe o risco de o conselho se concentrar no aumento das expectativas de inflação desde a última reunião, em meio a preocupações fiscais e à depreciação da moeda, e optar por interromper o ciclo de flexibilização mais cedo”, dizem os economistas David Beker e Natacha Perez.
O Bank of America enxerga continuidade da flexibilização no próximo ano, com um melhor ambiente global, diante do ciclo de cortes de juros previsto para o Fed (Federal Reserve), o Banco Central dos Estados Unidos.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou alta de 0,46% em maio, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acima da expectativa consensual de 0,42%. Em abril, o IPCA havia registrado acréscimo de 0,38%. Assim, a inflação em 12 meses acelerou de 3,69% para 3,93%.
Com informações da Investing Brasil.