Câmara do Rio cassa medalhas concedidas aos irmãos Brazão

Por 20 votos favoráveis e 6 abstenções, a Câmara de Vereadores do Rio cassou as medalhas Pedro Ernesto, uma das principais condecorações do Estado, concedidas ao conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Domingos Brazão, e ao deputado federal, Chiquinho Brazão (sem partido). Essa foi a 7ª votação.

Os irmãos estão presos preventivamente, acusados de serem os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, numa emboscada na região central da cidade.

Os requerimentos para a cassação das medalhas foram apresentados pela vereadora Monica Benicio (Psol), viúva de Marielle.

“Como essa Câmara hoje é comprometida com esse poder que não é mais paralelo, que é a expressão da milícia, mas que está entranhado na política. Derrotar isso é também fazer justiça por Marielle”, afirmou.

STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), liberou nesta 3ª feira (11.jun) para julgamento a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra os irmãos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa por envolvimento no assassinato da vereadora.

O caso será julgado pela 1ª Turma do Supremo. A data ainda não foi divulgada.

De acordo com a procuradoria, o assassinato se deu a mando dos irmãos Brazão e motivado para proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política de Marielle.

A base da acusação é a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso da execução dos homicídios.


Com informações da Agência Brasil.

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