O dólar comercial voltou a superar R$ 5,40 depois de 17 meses. Atingiu R$ 5,43 na máxima desta 4ª feira (12.jun.2024). A derrota política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é um dos motivos para o aumento das incertezas fiscais do país.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu partes da MP 1.227 de 2024, que trata dos limites do uso de créditos tributários do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Haddad disse que não tem “plano B” para viabilizar o financiamento da desoneração da folha dos 17 setores e dos municípios de até 156,2 mil habitantes.
Foi a 2ª vez que Pacheco devolve parte de uma medida provisória proposta por Haddad. A 1ª vez foi em 1º de abril deste ano. Partes dos analistas operam com o ruído de uma possível saída do ministro da Fazenda do cargo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta 4ª feira (12.jun.2024) o ajuste fiscal com o “aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros”, sem comprometer a capacidade de investimento pública.
A última vez que fechou acima de R$ 5,40 foi em 4 de janeiro de 2023. Às 11h10, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 5,42, com alta de 1,17%.
Nos Estados Unidos, a inflação se manteve inalterada em maio (0,0%). O resultado ficou abaixo das estimativas do mercado financeiro e é um bom sinal para aqueles que esperam uma sinalização de corte dos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). A autoridade monetária norte-americana se reúne nesta 4ª feira (12.jun.2024) para definir as taxas. Deve manter no intervalo atual de 5,25% a 5,5% ao ano.