O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 2ª feira (17.jun.2024) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrou “surpreso” ao saber que a carga tributária em 2023 foi menor que no ano anterior.
“[Lula] Ficou até surpreso com a notícia de que a carga tributária do Brasil ano passado caiu, porque […] às vezes grupos de interesse reclamam e não veem a conformação do todo, a evolução da carga tributária”, declarou a jornalistas no Ministério da Fazenda, em Brasília.
O Tesouro Nacional estimou que a carga tributária bruta do governo geral atingiu 32,44% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023. No ano anterior, foi de 33,07%. O TCU (Tribunal de Contas da União) validou o número em 12 de junho.
Haddad se reuniu com Lula durante a manhã no Palácio do Planalto. Segundo o ministro, foram apresentados ao presidente os números da Corte de Contas sobre as contas públicas do país.
“A carga tributária no país caiu mais de 0,6 ponto percentual do PIB, o que foi considerado pelo presidente como bastante significativo à luz das reclamações que o presidente nem sempre compreende de setores isolados que foram instados a recompor essa carga tributária que ficou perdida”, declarou o chefe da equipe econômica do governo.
Nas redes sociais, o ministro da Fazenda já foi associado ao aumento da cobrança de impostos no Brasil. A reação dos internautas se deu principalmente depois que o ministro se mostrou favorável à taxação de importações de até US$ 50.
Além de Haddad, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) também participaram da reunião com o presidente Lula.
Esse foi o 2º encontro do dia do petista com o ministro da Fazenda, que, mais cedo, esteve no Planalto com líderes do Congresso.
Falaram sobre a aprovação de projetos do governo no Senado e na Câmara dos Deputados antes do recesso do Legislativo, em especial, a regulamentação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária.
Leia mais: