Guerra em Gaza deve entrar no Ramadã sem cessar-fogo

Uma delegação de negociadores do Hamas afirmou nesta 3ª feira (5.mar.2024) que permanece no Cairo, capital do Egito, para as negociações de um cessar-fogo da guerra entre Israel e o grupo extremista na Faixa de Gaza. As informações são da Reuters.

As conversas, mediadas por Egito e Qatar, entram no 3º dia consecutivo. Foram retomadas no domingo (3.mar) e visam a uma interrupção das ofensivas por 40 dias durante o Ramadã, período sagrado para os muçulmanos.

A trégua permitiria a libertação reféns mantidos pelo Hamas e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

No entanto, representantes de Israel não compareceram. As autoridades israelenses desistiram de negociar, alegando que o Hamas se recusou a fornecer a lista completa de reféns que estavam vivos.

Também afirmaram que o grupo extremista não concordou com os critérios estabelecidos por Israel para a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.

À Reuters, o chefe de relações políticas e internacionais do Hamas, Basem Naim, disse que o grupo extremista apresentou uma proposta aos mediadores e aguardava a resposta de Israel.

Apesar de não estarem presentes na negociação, autoridades egípcias afirmaram à agência de notícias que mantêm o contato com o governo israelense. Também disseram que os lados ainda buscam por um acordo, mas estavam mantendo as exigências que travam o fim das negociações.

Naim afirmou ainda que caberia aos Estados Unidos pressionar Israel para um acordo ser fechado. No entanto, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que a questão depende do Hamas.

“Cabe ao Hamas decidir se está preparado para participar desse cessar-fogo”, afirmou. Blinken deve se reunir nesta 3ª feira (5.mar) com o ministro e integrante do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz, para discutir a questão.

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