A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-RJ) deixou a composição da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) deste ano. Com a saída, a congressista perdeu a relatoria do projeto de lei que determina anistia para os extremistas responsáveis pelos ataques do 8 de Janeiro.
Sâmia disse ao Poder360 que a decisão foi da bancada do Psol, que preferiu colocá-la como titular da Comissão de Saúde, que será presidida em 2024 pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
A deputada do Psol afirmou que pediu para continuar na CCJ, mas que “provavelmente sua relatoria do projeto de lei seria retirada” pela nova presidente e concedida a um congressista alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O PL 2858/2022 concede anistia aos condenados por ilícitos cíveis eleitorais ou declarados inelegíveis a partir de outubro de 2022. Desde os ataques aos 3 Poderes em 8 de Janeiro, outros 5 PLs foram apensados e estão parados na CCJ.
A Federação Psol-Rede terá na nova composição da Comissão de Constituição e Justiça os deputados Chico Alencar (Psol-RJ), Célia Xakriabá (Psol-MG), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Túlio Gadelha (Rede-PE).
CCJ
O comando da CCJ ficou com a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), nome considerado “radical” por integrantes de partidos da base do governo.
Depois da eleição para a presidência das comissões, na 4ª feira (6.mar), Caroline disse a este jornal digital que vai estar aberta ao diálogo, mas que defenderá a posição de uma deputada de direita.