O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, disse nesta 6ª feira (14.jun.2024) que o setor dá “apoio institucional” ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O mercado financeiro passou a semana com desconfianças em relação à equipe econômica, especialmente pelas incertezas fiscais.
“Nós aqui estivemos também para reafirmar um apoio institucional ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, porque enxergando nele toda uma determinação e uma firmeza na busca do equilíbrio fiscal”, declarou Sidney a jornalistas em São Paulo.
Haddad esteve com nomes dos grandes bancos privados durante a manhã desta 6ª feira. Uma semana antes, teve um encontro similar, que trouxe um saldo negativo para a equipe econômica.
Parte da mídia noticiou que o chefe da Fazenda teria indicado um contingenciamento em julho durante o encontro, mas que uma possível mudança no novo marco fiscal dependerá do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa versão teria se espalhado pelo mercado antes do fechamento de 7 de junho.
Depois da reunião, Haddad convocou jornalistas e disse que sua fala na reunião sinalizava uma possibilidade de contingenciamento caso houvesse aumento das despesas obrigatórias acima do Orçamento. Segundo ele, não houve intenção de manifestar fim da nova regra fiscal.
O presidente da Febraban afirmou que os bancos vão apoiar Haddad mesmo com as desconfianças. Sinalizou que a manifestação foi uma forma de amenizar os ânimos dos investidores.
“Considerando também as circunstâncias e os últimos acontecimentos de tensionamentos sobre discussões a respeito do cumprimento das metas fiscais e do arcabouço fiscal, nós estivemos juntos para reafirmar o apoio do setor bancário ao ministro”, declarou.
O chefe da federação também mencionou o Congresso Nacional. Segundo ele, os deputados e senadores precisam se preocupar com o cenário fiscal.
“O ministro Haddad vai continuar trabalhando com muita firmeza e determinação para buscar o equilíbrio das finanças públicas. Vai precisar, sim, que tenha o apoio firme do governo. Do apoio firme do Congresso Nacional, da sociedade e do empresariado.”
Ao final de sua fala, disse que a melhora no cenário deve contribuir no cenário dos juros no Brasil.
A equipe econômica buscou promover um clima mais ameno com o mercado e dar declarações favoráveis ao equilíbrio das contas depois de todas as incertezas. Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, falaram à imprensa na 5ª feira (13.jun) e deram bastante destaque à necessidade de o governo começar a cortar gastos.
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