O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o ex-embaixador Edmundo González Urrutia, do grupo Plataforma Unitária, e Enrique Márquez, do partido Centrados, planejam um golpe de Estado. Ambos não participaram da assinatura do acordo para respeitar os resultados da eleição venezuelana. As informações são da AFP.
Dos 10 candidatos das eleições deste ano na Venezuela, 8 foram ao Conselho Nacional Eleitoral na última 5ª feira (20.jun.2024) para assinar um acordo que reconhece os resultados das eleições presidenciais.
As eleições estão previstas para 28 de julho. A campanha presidencial começa oficialmente em 4 de julho.
“Por que você acha que eles [González e Márquez] não assinaram o acordo para respeitar o CNE e os resultados? Porque eles pretendem gritar fraude, porque pretendem dar um golpe de Estado”, disse Maduro a apoiadores.
Em nota, González disse que não assinou o acordo porque ele já está estabelecido no marco constitucional entre o governo venezuelano e a oposição, mediado pela Noruega e com a participação dos Estados Unidos. Disse também que o documento foi imposto unilateralmente.
Enrique Márquez também se referiu ao acordo como “unilateral”. Em pronunciamento, disse que o documento é “inútil porque é redundante, absolutamente incompleto e ignorante da realidade”.
“Eu estaria interessado em debater esse documento e, se for o resultado de um debate entre todos os candidatos”, afirmou.
González é o principal adversário de Maduro nas eleições deste ano. Na última 6ª feira (21.jun.2024), 10 prefeitos venezuelanos eleitos foram inabilitados para exercer cargos públicos pelos próximos 15 anos depois de declararem apoio ao opositor.