O ministro STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino brincou durante sessão do plenário desta 3ª feira (25.jun.2024) com a voz rouca de Alexandre de Moraes. “Cantou ‘Evidências’ ontem”, disse, em referência à música da dupla Chitãozinho e Xororó.
Ao pedir a palavra depois da complementaridade do voto de Dias Toffoli no julgamento sobre porte de maconha para uso pessoal, Moraes justificou, também em tom de brincadeira, não ter cantado ou fumado cigarro.
Eis o diálogo:
Moraes: “Presidente [Roberto Barroso], eu prometo falar pouco porque a voz está ruim.”
Barroso: “Teve cantoria ontem ou não?”
Moraes: “Não é nem cantoria e nem cigarro.”
Dino: “Ele cantou ‘Evidências’, presidente, ontem.”
BARROSO CANTA EVIDÊNCIAS
A declaração de Dino se deu 1 dia depois de um vídeo em que o Barroso cantando “Evidências” com estudantes em Londres (Inglaterra) repercutiu nas redes sociais. O ministro participou do “Brazil Forum UK”, realizado em 22 e 23 de junho.
Em registro, o presidente do STF aparece abraçado aos jovens que estavam ao seu lado enquanto entoa a música de José Augusto e Paulo Sérgio Valle, famosa na versão da dupla sertaneja.
Assista (1min13s):
PIADAS DE DINO
Dino é conhecido por fazer piadas e ter falas em tom de brincadeira durante sessões no plenário da Corte, principalmente envolvendo Moraes.
Em 8 de maio, o ministro comparou o argumento de André Mendonça, que associava o aumento dos lucros das estatais à Lei das Estatais (13.303 de 2016), a um estudo que, segundo Dino, fez uma ligação incorreta relacionando o fim do Orkut ao aumento da expectativa de vida das pessoas.
Moraes agregou à piada, dizendo que concorda com o estudo, pois “o fim das redes sociais ia aumentar a vida de muita gente”.
Eis o que Dino respondeu: “Mas não especificamente o fim do Orkut. Se bem que vossa excelência, eu sei que era grande usuário do Orkut porque é do tempo de vossa excelência”.
ENTENDA O JULGAMENTO
O STF decidiu nesta 3ª feira (25.jun), por maioria, descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. Na prática, a conduta não deve se tornar legal, mas não será mais tratada como crime.
O placar, no entanto, ainda não foi fechado porque há nuances nos votos dos ministros.