O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta 4ª feira (26.jun.2024) que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, será afastado do governo se a Justiça aceitar o indiciamento pela PF (Polícia Federal).
“Há um pedido de indiciamento da Polícia Federal… Há um pedido, que tem que ser aceito ou pelo Alexandre de Moraes ou pelo procurador-geral da República. E ele não foi aceito por nenhum ainda”, disse Lula.
Juscelino foi indiciado pela PF em 12 de junho pelos crimes de corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa.
O ministro é suspeito de participar de um esquema de desvio de emendas parlamentares em 2022. Os recursos (R$ 7,5 milhões) teriam sido enviados via Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) para a pavimentação de ruas de Vitorino Freire (MA), a cerca de 300 km de São Luís. Luanna Rezende (União Brasil), irmão do ministro, é a prefeita da cidade.
O chefe do Executivo afirmou que o ministro deve se demitir do cargo caso o pedido seja aceito pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ou pela PGR (Procuradoria Geral da República), e lembrou da época em que esteve preso.
“Eu, como, já fui vítima de calúnia, já fui vítima de difamação, já tive proibido o direito de me defender, não tive direito a presunção de inocência, o que eu disse para o Juscelino: ‘A verdade só você que sabe. Então é o seguinte, se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição’. Enquanto não houver indiciamento, você continua como ministro”, declarou o presidente.
Na 6ª feira (21.jun), Lula se disse “feliz” com o ministro, apesar do “problema de indiciamento”.
Para o petista, Juscelino tem o direito de brigar por defesa e “todo cidadão é inocente até que se prove o contrário”.