A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) cancelou sua participação em turnê com lideranças conservadoras nos Estados Unidos junto à senadora Damares Alves (Republicanos-DF). A previsão era de que Michelle participasse dos encontros desta 2ª feira (12.fev) até 6ª (16.fev). A informação foi dada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Poder360.
A decisão foi tomada depois da operação Tempus Veritatis contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados na 5ª feira (9.fev.2024). A PF apura a existência de um organização ligada ao antigo governo que atuou na tentativa de dar um golpe de Estado para manter Bolsonaro na Presidência da República.
No domingo (11.fev), Damares publicou em seu perfil do Instagram que está nos EUA e que participou do 1º encontro com lideranças evangélicas no sábado (10.fev). Na publicação, ela confirma que estará nos demais encontros realizados nesta semana.
No perfil oficial do evento, Damares confirmou a ausência de Michelle. “Estou em Miami me preparando para os eventos Mulheres Protagonistas. Claro, a nossa ex-primeira-dama não pode vir. Todos estão acompanhando o que está acontecendo no Brasil. Era mais fácil para mim ter ficado lá. O meu DF também está passando por grandes problemas nestes dias, mas eu decidi vir, porque é neste momento que nós precisamos fortalecer o movimento conservador no Brasil e fora do país“, declarou.
Michelle e Damares participariam juntas de uma série de palestras sobre liderança feminina em regiões dos EUA. Os eventos serão realizados nos Estados da Flórida (Orlando e Pompano Bech), Geórgia (Atlanta) e Massachusetts (Boston), todos em igrejas evangélicas.
O valor mais alto dos ingressos também dá direito a um “meet & greet” (momento para encontro e breve conversa com uma das palestrantes). O preço vai até US$ 110 (cerca de R$ 540 na cotação atual).
Operação contra Bolsonaro
A PF (Polícia Federal) deflagrou na 5ª feira (8.fev.2024) uma operação contra Jair Bolsonaro (PL) e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo na Presidência. A Justiça determinou que o ex-chefe do Executivo entregasse seu passaporte para a PF. Segundo o assessor Fabio Wajngarten, ele cumpriu a decisão e entregou o documento às autoridades.
A polícia afirma que o núcleo de Bolsonaro atuou descredibilizando as urnas e incentivando atos extremistas. Segundo a investigação, os suspeitos trabalhavam para invalidar o resultado das eleições de 2022, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um 3º mandato presidencial, antes mesmo da realização do pleito. Com a confirmação da vitória de Lula a intenção passou a ser decretar uma intervenção com apoio das Forças Armadas para impedir a transição de poder.