O general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército, é o líder da tentativa de golpe realizada nesta 4ª feira (26.jun.2024) em La Paz, na Bolívia. O militar tinha sido demitido de seu cargo na 3ª feira (26.jun), depois de realizar criticas ao ex-presidente Evo Morales.
Durante sua carreira militar, sofreu acusações e passou por controvérsias, segundo o jornal argentino Clarín. O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, acusa Zúñiga de estar envolvido em planos para efetuar perseguições contra líderes políticos.
Quando questionado sobre a possibilidade de Evo Morales voltar ser presidente da Bolívia durante uma entrevista na 2ª feira (24.jun), Zúñiga afirmou que Morales não poderia mais ocupar o cargo, declarando que não permitiria que “a Constituição fosse pisoteada, que desobedecesse ao mandato do povo”.
Em resposta, Morales criticou as falas de Zúñiga e alertou que estava a ser organizado um golpe no país.
“Se não forem desmentidos [as falas de Zúñiga] pelo comandante-chefe das Forças Armadas, ministro da defesa, presidente e capitão-geral das Forças Armadas, ficará provado que o que estão realmente a organizar é um golpe na Bolívia”, afirmou.
Além das acusações políticas, Zúñiga já enfrentou escândalos de corrupção, sendo acusado de envolvimento no desvio de até 2,7 milhões de bolivianos (moeda da Bolívia) destinados a programas sociais, um caso que culminou em sua sanção com 7 dias de prisão.