General que liderou tentativa de golpe na Bolívia é preso

O general Juan José Zúñiga foi preso nesta 4ª feira (26.jun.2024) por volta das 20h28 (horário de Brasília) pelas autoridades bolivianas depois de tentar dar um golpe de Estado contra o presidente da Bolívia, Luis Arce. O militar era o comandante da tropa envolvida na investida no Palácio Quemado, na Praça Murillo, em La Paz. 

A detenção de Zúñiga foi feita na entrada da sede do Estado-Maior, em La Paz, e o general foi levado imediatamente para a Procuradoria-Geral. Ele enfrentará legalmente acusações de “terrorismo” e levante armado contra a segurança e soberania do Estado. 

Eis o mandado de prisão contra o general: 

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Reprodução/Bolivia TV – 26.jun.2024

Além da prisão de Zúñiga, o Ministério Público da Bolívia iniciou investigações contra outros militares envolvidos na tentativa de golpe de Estado. 

Em um comunicado divulgado nesta 4ª feira (26.jun), o Ministério Público disse que instaurará ações penais contra todos os envolvidos que cercaram a sede do governo.

Segundo a promotoria, os atos são passíveis de imputações penais por crimes contra o Estado Democrático de Direito. Eis a íntegra (PDF – 1 MB, em espanhol).

ENTENDA O CASO

Às 15h57 (horário de Brasília) desta 4ª feira (26.jun), o presidente da Bolívia anunciou a tentativa de golpe depois que veículos blindados e militares estacionaram nas esquinas da Plaza Murillo, onde fica o Palácio Quemada, sede da Presidência boliviana, e a Assembleia Legislativa Plurinacional.

Assista (1min39s): 

O movimento foi comandado pelo general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército da Bolívia destituído na 3ª feira (25.jun) depois de criticar o ex-presidente boliviano Evo Morales.

A jornalistas, Zúñiga disse que os militares buscavam “restaurar a democracia” e pediu a liberação imediata de presos políticos.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram o momento em que um tanque de guerra atingiu a entrada do palácio presidencial em La Paz.

Em outro registro, o presidente boliviano apareceu enfrentando o general Zúñiga do lado de fora do palácio. 

Ao lado do presidente no Palácio Quemado, o novo comandante, José Wilson Sánchez, ordenou que as tropas recuassem.

“Peço, ordeno que todo o pessoal que se encontra mobilizado deve voltar às suas unidades”, declarou. 

Por volta das 19h (horário de Brasília) desta 4ª feira (26.jun), os militares começaram a deixar a Praça Murillo. 

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