O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) aceitou nesta 4ª feira (27.jun.2024) o pedido de recuperação judicial da OEC (Odebrecht Engenharia e Construção). A empresa braço da Novonor (antiga Odebrecht) apresentou como causa da crise financeira “às consequências da pandemia da covid”, que teriam ocasionado o aumento nos custos de insumos e matérias-primas, dentre outros fatores.
Segundo a decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, estão suspensas execuções, arrestos, penhoras e demais constrições contra as empresas da Odebrecht, por credores sujeitos à recuperação, pelo prazo de 180 dias. O grupo precisa apresentar contas à Justiça até o dia 30 de cada mês, além das movimentações bancárias e dos pagamentos de impostos e verbas trabalhistas. Eis a íntegra (PDF – 116 kB).
DÍVIDA BILIONÁRIA
Em nota, a Odebrecht Engenharia e Construção disse que a recuperação judicial permitirá o “equacionamento da dívida e, ao mesmo tempo, incrementa seu fluxo de caixa”. Leia a íntegra do comunicado (PDF – 459 kB).
“O foco central é reestruturar US$ 4,6 bilhões em passivos financeiros e operacionais, além de operações antigas dentro do mesmo grupo (intercompany)“, disse Lucas Cive, CFO (diretor-financeiro) da empresa.
Segundo a empresa, é possível haver a recuperação de US$ 5 bilhões ainda em 2024.
“O processo não afeta a rotina operacional dos contratos em curso ou a execução de novos. Atualmente, a OEC possui 31 obras ativas, sendo 21 no Brasil e 10 no exterior, empregando mais de 15 mil profissionais diretos e indiretos”, disse.
