O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta 5ª feira (27.jun.2024) que o Plano Safra 2024/2025 será de R$ 475,5 bilhões. O pacote seria lançado na última 4ª feira (26.jun), mas foi adiado e será anunciado oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima 4ª feira (3.jul).
Em entrevista ao Valor, Fávaro afirmou que no novo plano a agricultura empresarial terá R$ 400,6 bilhões de crédito. Deste valor, R$ 293,9 bilhões serão custeio e comercialização e R$ 106,7 para investimentos. Já o pacote voltado para agricultura familiar terá R$ 74,98 bilhões.
O governo Lula vinha prometendo um Plano Safra recorde, acima dos R$ 435,8 bilhões de 2023/2024 (R$ 364,2 bi para a agricultura empresarial e R$ 71,6 bi para a familiar), que já tinha sido o maior da história. Para a próxima safra, o setor do agronegócio esperava um pacote superior a R$ 500 bilhões, mas a cifra não será alcançada.
Na entrevista, Fávaro afirmou que o custo com equalização de juros do Plano Safra aumentará 23%, para R$ 16,7 bilhões. Essa é a fatia dos juros que será subsidiada, ou seja, bancada pelo governo, o que faz o crédito para o setor ser mais barato.
Para a agricultura empresarial, o Tesouro Nacional aplicará R$ 6,3 bilhões em equalização de juros, em comparação aos R$ 5,1 bilhões da safra atual. Para a agricultura familiar, o governo destinará R$ 10,4 bilhões para abatimento dos juros. Eram R$ 8,5 bilhões na safra atual.
O tamanho do novo plano, o 2º do governo Lula 3, será um aceno aos ruralistas, setor que não é tão simpático ao presidente e andou de mãos dadas com Jair Bolsonaro (PL) no último governo.