O dólar comercial fechou a R$ 5,59 nesta 6ª feira (28.jun.2024). A cotação marca 1 ano e meio do 3º mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A moeda norte-americana atingiu R$ 5,60 na máxima do dia. Foi o maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando foi de R$ 5,67.
Encerradas as negociações no 1º semestre, a moeda norte-americana subiu:
- na semana: 2,71%;
- no mês: 6,46%;
- no semestre: 15,17%;
- no governo Lula: 5,87%.
A divisa saltou 1,46% nesta 6ª feira (28.jun) depois das declarações de Lula em entrevista à rádio O Tempo, de Minas Gerais. Na ocasião, o petista afirmou que a taxa Selic irá cair com a indicação do próximo presidente do Banco Central. O mandato do chefe da autoridade monetária atual, Roberto Campos Neto, termina em dezembro de 2024.
Lula afirmou ainda que o Banco Central tem a obrigação de investigar casos de especulação entre agentes financeiros para valorizar o dólar.
O petista e Campos Neto travaram um embate público na 5ª feira (28.jun). Com a escalada das críticas de Lula à autoridade monetária, Campos Neto disse que vai sair em breve e vão ver que teve um trabalho técnico. Declarou também que a intervenção no câmbio teria “pouca efetividade” e que a alta do dólar é relacionada aos riscos do Brasil.
Campos Neto respondeu que as falas de Lula tornam o trabalho da política monetária mais difícil, uma vez que impactam em variáveis como dólar e juros futuros negociados no mercado.
Indicado por Lula, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, é um dos principais cotados para o comando do BC. Em evento da FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta 6ª feira (28.jun), Galípolo afirmou que a autonomia do BC é uma “evolução institucional”. Disse também que o comportamento do dólar é observado com atenção pela autoridade monetária.