O Pantanal teve em junho o maior número de focos de incêndios (2.639) da série histórica iniciada em 1998. Em 2024, já foram registrados 3.538 pontos de fogo, que consumiram mais de 700 mil hectares do bioma.
Até este ano, o pior junho havia sido em 2005, com registro de 435 pontos de incêndio. O cenário atual representa um salto de 506% no comparativo entre os 2 piores anos. Os dados são do sistema Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A área queimada do Pantanal até o momento é de 700.725 hectares, segundo dados do Lasa/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Esse dado representa 19,29% do total queimado em 2020, que foi o pior ano de queimas no bioma. Naquele ano, 3,6 milhões de hectares pegaram fogo.
FOGO CRIMINOSO
A ministra do Meio Ambiente e de Mudanças Climáticas, Marina Silva, disse nesta 2ª feira (1º.jul.2024) que o governo já identificou 18 focos iniciais de incêndio que podem ser de origem criminosa.
O governo federal criou uma Sala de Crise em 14 de junho. Foram acionados 280 funcionários do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), 149 pessoas mobilizadas e 7 aviões, até a 6ª feira (28.jun)
Pela 1ª vez, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) com capacidade de liberar 12.000 litros de água por voo, foi deslocado para combater o fogo no bioma.