Sob aplausos, ex-estrategista de Trump se entrega à polícia

Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca durante a presidência de Donald Trump (republicano), entregou-se nesta 2ª feira (1º.jul.2024) à polícia sob aplausos de apoiadores. Ele cumprirá uma pena de 4 meses na prisão federal em Danbury, Connecticut (EUA).

O aliado de Trump foi condenado por desacato ao Congresso norte-americano. A sentença foi aplicada por Bannon desafiar uma intimação relacionada à investigação do ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.

Assista ao momento (56seg): 

Durante o discurso feito nesta 2ª feira (1º.jul), Bannon disse estar “orgulhoso de ir à prisão” por estar enfrentando a “tirania” do governo do presidente Joe Biden (democrata). 

“Tenho orgulho de ir para a prisão. Se isso é o que é preciso para enfrentar a tirania. Se isso é o que é preciso para enfrentar o Departamento de Estado corrupto e criminoso de Garland. Se isso é o que é preciso para enfrentar Nancy Pelosi [ex-presidente da Câmara dos Representantes, democrata]. Se isso é o que é preciso para enfrentar Joe Biden, estou orgulhoso de fazê-lo”, declarou. 

No vídeo, além de apoiadores, aparece a deputada Marjorie Taylor Greene (republicana). Ela afirmou que é o momento de os republicanos “intensificarem e retirarem o financiamento” do governo Biden, que, segundo ela, “persegue o presidente Trump e o Maga

O termo Maga se refere à “Make America Great Again (torne os Estados Unidos grande novamente, em tradução livre)”, o slogan da campanha eleitoral de Trump no ano de 2016. A frase já havia sido usada pelo republicano Ronald Reagan em 1980.

Entenda o caso

Na 6ª feira (28.jun), a Suprema Corte dos EUA rejeitou o apelo de Bannon para adiar sua sentença.

O assessor político havia alegado que estava agindo com base no conselho de seus advogados ao não responder uma intimação, aguardando a resolução das alegações de privilégio executivo por parte de Trump. No entanto, a defesa não foi permitida pelos tribunais para ser apresentada ao júri.

Bannon então foi considerado culpado de 2 acusações de desacato ao Congresso:

  • por se recusar a depor perante o Comitê da Câmara sobre o 6 de Janeiro;
  • por se recusar a fornecer documentos relacionados aos esforços de Trump para reverter a derrota eleitoral de 2020 para Biden.

A defesa dele argumenta que o caso levanta questões importantes para a Suprema Corte, incluindo a crença do advogado anterior de Bannon de que a intimação era inválida por causa do privilégio executivo afirmado por Trump. 

O apelo do assessor político continuará sendo julgado, e os líderes republicanos da Câmara manifestaram seu apoio à intervenção para afirmar que o comitê de 6 de Janeiro foi criado de forma indevida, efetivamente tentando considerar a intimação que Bannon recebeu como ilegítima. 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.