Na manhã desta 5ª feira (4.jul.2024), o mercado financeiro teve uma reação positiva ao anúncio de corte de gastos realizado na véspera. O dólar comercial teve forte queda, de mais de 1%, e atingiu R$ 5,49 logo após a abertura das negociações.
O movimento é reflexo direto do anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que sinalizou a autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para cortar R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias para o Orçamento de 2025.
A decisão do governo Lula marca uma mudança de postura do presidente em relação à política econômica.
Após uma série de declarações críticas à atuação do Banco Central (BC) e uma hesitação em assumir um compromisso mais firme com a redução de gastos, Lula adotou um tom mais conciliatório, enfatizando que “responsabilidade fiscal não é palavra, é compromisso fiscal desse governo desde 2003“.
Essa guinada nas declarações do presidente interrompeu uma sequência de altas no dólar, que já havia fechado em queda de 1,71% na 4ª feira, cotado a R$ 5,56, após chegar a bater R$ 5,70 na mesma semana.
O cenário externo também contribuiu para o comportamento do dólar, com a moeda apresentando queda frente a outras divisas em um pregão de baixo volume de negócios, devido ao feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos. O contexto internacional, somado às medidas anunciadas pelo governo brasileiro, sinaliza uma possível estabilização do mercado cambial no país.