O vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato à Prefeitura de Salvador, disse ao Poder360 que, se eleito, criará uma secretaria específica para o enfrentamento à violência na cidade.
Salvador tem um dos quadros mais críticos em segurança pública entre as capitais. É a pior em taxa de homicídio de jovens (322,5 a cada 100 mil habitantes) e tem altos números de assassinatos (foram 1.568 em 2022, segundo o Atlas da Violência). Na capital, não existe uma secretaria específica para a segurança pública. O assunto está, majoritariamente, vinculado à Semop (Secretaria de Ordem Pública).
A nova instância teria o nome de Secretaria Cidadã e estaria vinculada às secretarias estaduais da Justiça e de Segurança Pública e ao Ministério da Justiça. Abrigaria a GCM (Guarda Civil Municipal), que é administrada atualmente pela Semop.
Geraldo Júnior disse que é um “improviso” a incorporação da guarda municipal à Semop. Segundo o pré-candidato, o atual prefeito, Bruno Reis (União Brasil), fala de “forma ardilosa” que não tem força de política para alterar a estrutura administrativa, já que a segurança pública é de responsabilidade do Governo da Bahia.
“O prefeito fala de forma ardilosa que não tem força de política. E ele não tem, a Constituição não permite, mas se ele não tem força política, ele tinha que posicionar a guarda civil e dar atribuição por ordem verticalizada em relação ao governo federal”, afirmou.
Assista (1min58s):
O Poder360 procurou o prefeito Bruno Reis para comentar a declaração, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.
Esta reportagem foi produzida pela redatora Luísa Carvalho e pelo estagiário Maicon Viana sob supervisão do editor-assistente Victor Schneider.
