O dólar comercial passou por uma trajetória turbulenta nos últimos dias depois de falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionando a necessidade de corte de gastos e com críticas à autonomia do BC (Banco Central). A moeda norte-americana passou de R$ 5,60 por causa das declarações, que mexeram com o humor de agentes do mercado financeiro.
A cotação do dólar fechou em R$ 5,52 em 26 de junho, quando o petista fez as primeiras declarações pondo em xeque a revisão de despesas. O patamar elevado seguiu nos últimos dias.
O ápice foi na 3ª feira (2.jul), quando chegou a R$ 5,67 –maior valor para a moeda desde janeiro de 2022. O aumento se deu depois que Lula disse ser preciso agir contra a “especulação” da moeda.
Eis a trajetória do dólar de 3 de junho a 5 de julho e as falas controversas de Lula:
A cotação passou a cair na 4ª feira (3.jul), depois que o governo anunciou que fará cortes de R$ 25,9 bilhões nas despesas obrigatórias no Orçamento de 2025.
De lá para cá, houve uma acomodação e o dólar comercial fechou a semana cotado R$ 5,46 –queda semanal de 2,27%. É o menor nível desde 25 de junho, quando atingiu R$ 5,45.
Como mostrou o Poder360, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve papel importante na mudança de tom público de Lula sobre a economia.