O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou na 4ª feira (14.fev.2024) o afastamento imediato da atual direção da Penitenciária Federal em Mossoró (RN) depois da fuga de 2 presos do local. O presídio é um dos 5 de segurança máxima do Brasil –foi a 1ª ocorrência do tipo em uma penitenciária federal na história do país.
Em nota, o ministério disse que um policial penal federal foi nomeado interventor para comandar a unidade. O agente, que não teve o nome divulgado, já está em Mossoró. Ele integra a equipe que embarcou com o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia.
O ministério já havia divulgado, na 4ª feira (14.fev), outras medidas tomadas por Lewandowski diante da fuga dos presos. O ministro ordenou a revisão dos equipamentos e protocolos de segurança nas 5 penitenciárias federais do país.
Lewandowski acionou a Direção-Geral da PF (Polícia Federal) para a abertura de investigações e instruiu a corporação a registrar os nomes de fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e no Sistema de Proteção de Fronteiras para que os 2 passem a ser procurados pela comunidade policial internacional.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) também deve realizar o monitoramento de rodovias e dar suporte à recaptura dos foragidos, enquanto as Ficco (Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado) vão colaborar com esforços de localização e prisão de ambos.
A ação já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
ENTENDA O CASO
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça (o Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (o Deisinho), e fazem parte do Comando Vermelho. Eles são do Acre e foram transferidos para o presídio de Mossoró em setembro de 2023.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte disse que fez contato com as secretarias de Segurança Pública da Paraíba e do Ceará para a realização de ações integradas de reforço policial nas divisas entre os Estados.