Uma juíza do Novo México (EUA) anulou na última 6ª feira (12.jul.2024) o julgamento do ator norte-americano Alec Baldwin por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Ela entendeu que houve ocultação de provas por parte de investigadores, prejudicando o processo.
Em outubro de 2021, o ator de Hollywood disparou uma arma durante a gravação do filme “Rust”. O acidente resultou na morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins. O longa era filmado em Santa Fé, capital do Novo México.
Segundo informações da Reuters, Mary Marlowe Sommer acatou um pedido da defesa de Baldwin, que argumenta que promotores e agentes de polícia retiveram evidências sobre a origem da bala que matou Hutchins.
Segundo a agência de notícias, o advogado do ator, Alex Spiro, disse ao tribunal que o gabinete do xerife de Santa Fé tomou posse de munições reais em março como prova do caso, mas não as listou no arquivo de investigação, nem compartilhou com a defesa.
“A verdadeira razão pela qual você não inventariou essas evidências é porque elas poderiam ter comprometido o caso de aplicação da lei”, disse Spiro em interrogatório na 6ª feira.
Ao proferir a sua decisão, Sommer disse que “a retenção de provas por parte do Estado foi intencional e deliberada”. Ela também afirmou, segundo a Reuters, que estava anulando o caso para “garantir a integridade do sistema judicial e a administração eficiente da Justiça.”
Em audiência em maio, os advogados do ator já haviam afirmado que a acusação do grande júri contra o ator era “uma farsa”. Segundo a defesa, um promotor estadual do Novo México falhou ao dizer para os jurados que eles poderiam interrogar as testemunhas de defesa e impedi-las de ouvir evidências úteis para o caso do ator. Eis a íntegra da moção da defesa (PDF – 630 kB).