FAB intercepta avião no espaço aéreo da Terra Indígena Yanomami

A FAB (Força Aérea Brasileira) interceptou na 2ª feira (29.jan.2024) um avião que sobrevoava o espaço aéreo perto da Terra Indígena Yanomami, a cerca de 110 km a oeste de Boa Vista (RR). A aeronave realizava voo desconhecido.

A suspeita é de tráfego aéreo ilícito na Zida (Zona de Identificação de Defesa Aérea), definida em janeiro de 2023, por decreto presidencial, na região Norte do país. A FAB informou que 3 aviões dos modelos E-99, R-99 e A-29 Super Tucano foram empregadas na missão em conjunto com a PF (Polícia Federal).

Assista (1min3s): 

Operação

A operação começou depois de a FAB identificar o avião em voo, que passou a ser monitorado pelo Comae (Comando de Operações Aeroespaciais) e pela PF. Por estar descumprindo regras da Zida, a aeronave foi classificada como suspeita e o piloto de defesa aérea seguiu o protocolo das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo.

O avião monitorado descumpriu as ordens do piloto da FAB, que solicitava a verificação de dados do voo a distância e, na sequência, determinou a mudança de rota.

Nesta situação, a defesa aérea disparou duas rajadas dos chamados TAV (Tiros de Aviso), depois de alertas feitos por rádio. Com isso, o avião fez um pouso em uma pista de terra e o piloto conseguiu fugir do local, depois do pouso.

A polícia apreendeu o avião depois da adoção de Medidas de Controle de Solo por militares do Grupamento de Segurança e Defesa da Base Aérea de Boa Vista e de agentes da PF.

Zida

A ativação da Zona de Identificação de Defesa Aérea no espaço aéreo que compreende a Terra Indígena Yanomami e proximidades foi feita em fevereiro de 2023.

Compete à FAB a adoção de Medidas de Controle do Espaço Aéreo contra qualquer tipo de tráfego suspeito, para garantir que as regras sejam respeitadas.

A Zida é composta por áreas, de acordo com o nível de acesso. São elas: reservadas, restritas e proibidas. A medida tem o objetivo de aumentar a defesa aérea e o policiamento nesta localidade para combater o garimpo ilegal em Roraima.

O decreto vale enquanto durar a emergência em saúde pública naquela localidade.


Com informações de Agência Brasil.

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