Em Mossoró (RN) para acompanhar as buscas dos 2 fugitivos de uma penitenciária federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse neste domingo (18.fev.2024) que o episódio não afeta a segurança dos 5 presídios de segurança máxima do país –além de Mossoró, em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Distrito Federal. Segundo Lewandowski, a fuga é um “problema momentâneo” que será “superado em breve”.
“Minha presença aqui é para mostrar, antes de mais nada, que o governo federal está presente, o governo do presidente Lula está aqui também para resolvermos esse problema que surgiu. É um problema que não afeta, em hipótese nenhuma, a segurança das 5 unidades prisionais federais. É um problema localizado, que será superado em breve com a colaboração de todos”, disse o ministro.
Lewandowski deu a declaração a jornalistas ao lado da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT-RN). O ministro agradeceu pelo apoio do governo estadual e municipal das cidades próximas à região do presídio. A procura pelos 2 criminosos conta com 300 agentes das forças de segurança federais e estaduais, além de drones e helicópteros.
“Viemos fazer um apanhado geral da situação, especialmente eu, como ministro da Justiça e da Segurança Pública, vim agradecer pela colaboração das autoridades estaduais, não só do Rio Grande do Norte, mas dos Estados vizinhos também”, afirmou.
O ministro chegou a Mossoró por volta das 9h30 deste domingo. A expectativa é que, ao longo do dia, ele se reúna com os chefes das equipes que conduzem as buscas, que entram em seu 5º dia neste domingo. Lewandowski está acompanhado do diretor-geral interino da Polícia Federal, Gustavo Souza.
O caso
Os criminosos Rogério da Silva Mendonça (conhecido como Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (o Deisinho) fugiram do presídio federal de segurança máxima de Mossoró na madrugada de 4ª feira (14.fev). Eles são do Acre e foram transferidos em setembro de 2023. A fuga foi a 1ª na história do sistema penitenciário federal desde a sua criação, em 2006.
Os 2 fizeram uma família de refém na noite de 6ª feira (16.fev) em uma casa a 3 km da penitenciária. Roubaram celulares, comida e fizeram os moradores de refém por cerca de 4 horas. Com os aparelhos de telefone, realizaram ligações para o Rio de Janeiro. Há a suspeita que eles sejam ligados ao Comando Vermelho.
Segundo os investigadores, a região de mata das buscas é um dificultador na procura, embora haja helicóptero e drones fazendo o controle aéreo. Agora, a polícia tenta rastrear os criminosos pelo sinal de celular. A hipótese é que eles estão saindo da mata só à noite para procurar comida e água.
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