A oposição ao atual governo manifestou repúdio às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (18.fev.2024). O chefe do Executivo comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de Hitler contra judeus na 2ª Guerra Mundial. Em resposta, o premiê israelense Benjamin Netanyahu disse que convocará o embaixador brasileiro a prestar esclarecimentos.
O líder da Oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), disse em seu perfil no X (ex-Twitter) que Lula demonstrou “rasgos de senilidade, maldade deliberada, ignorância histórica e equívoco do ponto de vista da ética, moral e perspectiva geopolítica”.
Para o líder da Oposição na Câmara, deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), Lula “envergonha o Brasil e ataca Israel e o povo judeu”.
“É repugnante a capacidade desse crápula de inverter a lógica das coisas para defender o que é errado e atacar o certo!”, disse, também pelas redes sociais.
Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que o Holocausto “é incomparável” e não pode ser naturalizado. “Em nome dos brasileiros, pedimos desculpas ao mundo e a todos os judeus”.
Os deputados federais Delegado Ramagem (PL-RJ) e Bia Kicis (PL-DF) disseram se tratar de “mais um momento de insanidade Lula”, ao comparar as ações de Israel na guerra contra o Hamas com “a morte de milhões de judeus em câmaras de gás”.
Fábio Wajngarten, advogado do ex-presidente Bolsonaro e ex-chefe de Comunicação do governo, chamou Lula de “desprezível” e disse que vai conversar com a bancada evangélica “para que reajam de forma como nunca feito antes”. Wajngarten é judeu e compartilhou uma passagem sobre Israel.
FALA DE LULA
O presidente comparou a operação militar de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista –o Holocausto. As declarações foram dadas neste domingo (18.fev.2024), durante uma conversa com jornalistas na Etiópia.
Na ocasião, Lula voltou a dizer que os palestinos estão sendo alvo de um “genocídio”. Também afirmou que o Brasil defenderá na ONU (Organização das Nações Unidas) a criação de um Estado palestino.
“É importante lembrar que, em 2010, o Brasil foi o 1º país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem de ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse.
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