O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articulou acordos comerciais neste domingo (18.fev.2024), em seus últimos compromissos oficiais na África. O 1º encontro bilateral do petista foi com presidente da República do Quênia, William Ruto. Segundo o Planalto, Lula convidou o queniano a visitar o Brasil com uma delegação de empresários para ampliar os negócios entre os países.
O governo afirma que, em 2023, o intercâmbio comercial entre Brasil e Quênia foi de US$ 128,1 milhões, com superavit do lado brasileiro de US$ 124,7 milhões. Ruto visitou o Brasil em agosto de 2016, durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando ainda ocupava o cargo de vice-presidente do Quênia.
Lula também se reuniu com o presidente da Nigéria, Bola Tinubu. O nigeriano elogiou o discurso do brasileiro na abertura da 37ª Cúpula da União Africana e a trajetória do petista. Tinubu demonstrou interesse em construir parcerias com o Brasil e avançar na área da agricultura.
A parceria comercial entre Nigéria e Brasil alcançou em 2023 a faixa de US$ 1,73 bilhão (sendo US$ 757 milhões em produtos importados pelo Brasil e US$ 976 milhões em produtos brasileiros exportados). Já foi muito maior. Para Lula, “não tem explicação” o fato de Brasil e Nigéria, que já registraram um fluxo comercial de US$ 10 bilhões, atualmente só alcancem US$ 1,73 bilhão.
Viagem à África
A África é o 1º destino internacional de Lula em 2024. O presidente embarcou na 3ª feira (13.fev) para o Cairo, no Egito, onde teve reunião com o presidente do país, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi. Em pronunciamento em solo egípcio, o petista disse que Israel descumpre decisões da ONU (Organização das Nações Unidas) e pediu uma solução para Gaza.
Depois, Lula e sua comitiva foram para a Etiópia, que sediou a cúpula da União Africana, entidade que representa todas as 55 nações do continente. Lula chegou na noite de 5ª feira (15.fev.2024) à região, onde ficará até este domingo (18.fev).
Mais cedo, em conversa com jornalistas em Adis Abeba, Lula comparou a operação militar de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista. O chefe do Executivo voltou a dizer que os palestinos estão sendo alvo de um “genocídio” e disse que o Brasil vai defender na ONU (Organização das Nações Unidas) a criação de um Estado palestino.
“É importante lembrar que, em 2010, o Brasil foi o 1º país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem de ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, declarou Lula a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia.
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