Israel fará “repreensão” ao Brasil no Museu do Holocausto

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse nesta 2ª feira (19.fev.2024) que terá a “conversa de repreensão” com o embaixador brasileiro, Frederico Meyer, no Museu do Holocausto. A reunião foi convocada depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar a ação militar israelense em Gaza com extermínio de judeus por Adolf Hitler na 2ª Guerra Mundial.

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Israel Katz disse que o memorial representa o que “os nazistas fizeram aos judeus”, incluindo a seus familiares. Kartz também declarou que Lula é “persona non grata” (expressão para designar quando uma pessoa não é bem-vinda) em Israel até que se retrate pelas declarações. 

Eis a publicação de Israel Kartz:

No domingo (18.fev), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou a declaração do presidente de “vergonhosa” e anunciou que teria uma “conversa de repreensão” com o embaixador brasileiro.

O ministro Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), rebateu às críticas contra Lula. Afirmou que o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, divulga uma fake news. O israelense afirmou que Lula envergonha o Brasil ao apoiar o terrorismo.

Segundo Pimenta, o presidente brasileiro “condenou desde o dia 7 de outubro os atos terroristas do Hamas”. Contudo, as declarações possuem um erro formal. Apesar do grupo extremista Hamas assumir autoria do episódio terrorista, o petista evitou citar o nome da facção. Só em 11 de outubro citou formalmente o grupo.

Assista à declaração de Lula (2min43s):


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