O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Palestina, Riyad al-Maliki, acusou Israel nesta 2ª feira (19.fev.2024) de promover “apartheid” e “genocídio” contra a população palestina em territórios ocupados pelos israelenses. Durante sessão do Tribunal Internacional de Justiça, o diplomata também pediu que fosse declarada a ilegalidade da ocupação das terras palestinianas.
“Durante décadas, o povo palestino teve este direito (a autodeterminação) negado e sofreu tanto o colonialismo como o apartheid”, afirmou al-Maliki. O ministro disse, também, que “2,3 milhões de palestinos em Gaza, metade deles crianças, estão sitiados e sendo bombardeados, mortos e mutilados, famintos e deslocados”, acrescentou.
O discurso do chanceler foi realizado em Haia, na Holanda, durante a sessão inaugural das discussões das Consequências Jurídicas Decorrentes das Políticas e Práticas de Israel no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental. São previstos 6 dias de intensos debates entre diplomatas.
Desde o final da Guerra dos 6 Dias, em 1967, Israel interfere nos territórios reclamados pelos palestinos. Jerusalém Oriental e Cisjordânia possuem população israelense e seguem, nas ocupações judias, ordens do país judeu.
Gaza, apesar de não ser controlada por Israel desde 2005, é afetada pelo bloqueio do país liderado hoje pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Israel não está na lista de 50 países oradores da discussão, mas se defende argumentando que a Palestina está criando “falsas acusações e uma realidade fundamentalmente distorcida”. O país não reconhece a legitimidade da conferência.