Trump não cita Putin ao comentar morte de Navalny

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta 2ª feira (19.fev.2024) que a morte de Alexei Navalny o tornou “mais consciente do que está acontecendo [nos EUA]“. O pré-candidato republicano à Casa Branca não fez referência ao presidente russo Vladimir Putin em sua publicação.

Na rede social Truth Social, Trump escreveu que os Estados Unidos são “uma progressão lenta e contínua com políticos, procuradores e juízes de esquerda radical desonestos que levam a um caminho de destruição”. 

Nikki Haley, principal oponente de Trump pela indicação republicana, disse que o ex-presidente deveria ter condenado Putin como um “bandido assassino”.

Ela afirmou que Trump poderia ter “elogiado a coragem de Navalny”, mas, em vez disso “roubou uma página do manual dos liberais, denunciando os EUA e comparando à Rússia”.

Biden culpou Putin

O presidente dos Estado Unidos, Joe Biden, culpou o presidente russo pela morte de Alexei Navalny. As declarações foram dadas na 6ª feira (16.fev), horas depois do anúncio da morte do principal opositor de Vladimir Putin.

“As autoridades russas vão contar a sua própria história, mas não se enganem, Putin é responsável pela morte de Navalny. Putin é responsável“, afirmou Biden. Segundo o presidente dos EUA, isso é mais uma “prova da brutalidade” do chefe do Executivo russo.

Ele também declarou que Putin não apenas ataca cidadãos de outros países, em referência à guerra contra a Ucrânia, mas também “inflige crimes terríveis contra seu próprio povo”.

Morte de Navalny

Alexei Navalny morreu aos 47 anos na 6ª feira (16.fev) no presídio de Yamalo-Nenets, localizado na Sibéria. Em janeiro, o opositor de Putin havia declarado que precisava fazer suas refeições em até 10 minutos e que usava jornais para se cobrir do frio.

Ele estava preso desde 2021 depois de voltar da Alemanha para a Rússia. Ele foi envenenado, em agosto de 2020, e afirmava que o presidente russo estava por trás de seu envenenamento. Navalny havia sido condenado a mais de 19 anos de prisão por “atos extremistas”, que incluíam a criação de um grupo, convocação de atos, financiamento das atividades, envolvimento de menores e “reabilitação da ideologia nazista”.

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