A população ocupada no Brasil atingiu 101 milhões no 4º trimestre de 2023. Esse é o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012. Já a renda real (corrigida pela inflação) subiu para R$ 3.032, com alta de 3,1% em 2023.
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eis a íntegra do relatório (PDF – 639 kB).
A população ocupada subiu 1,1% no 4º trimestre de 2023 ante o 3º, um aumento de 1,1 milhão de pessoas. Em 1 ano, a alta foi de 1,6 milhão. O nível de ocupação –percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar– foi de 57,6%, o mais alto desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
Segundo o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (inclusive trabalhadores domésticos) subiu para 37,97 milhões de pessoas, o nível recorde da série histórica (2012). Aumentou 1,6% no último trimestre (+ 612 mil) e 3% em 2023 (+ 1,1 milhão).
Já o número de empregados sem carteira no setor privado foi de 13,5 milhões, com estabilidade no último trimestre em relação ao 3º e em relação ao 4º trimestre de 2023. Também ficaram estáveis no ano:
- Trabalhadores por conta própria (25,6 milhões);
- Empregadores (4,2 milhões);
- Empregados no setor público (12,2 milhões).
O número de trabalhadores domésticos aumentou para 6 milhões, um crescimento de 3,8% em relação ao 3º trimestre e de 3,5% em 1 ano.
Segundo o IBGE, a taxa de informalidade foi de 39,1% no 4º trimestre de 2023, o que representa 39,5 milhões de trabalhadores informais.
RENDA MÉDIA
O rendimento real habitual foi de R$ 3.032 no fim de 2023. Esse é o maior patamar para o 4º trimestre da série histórica, iniciada em 2012. Ao longo de toda a série histórica trimestral, o valor já foi maior, como de abril de 2020 a janeiro de 2021, que variou de R$ 3.036 a R$ 3.171 (recorde histórico). Também no trimestre encerrado em novembro de 2023: R$ 3.045.
A renda real subiu 3,1% em 2023, segundo o IBGE. A massa de rendimento real habitual (R$ 301,6 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica, crescendo 2,1% frente ao trimestre anterior e 5,0% na comparação anual.