Equador aumentará imposto para custear combate ao crime

O ministro da Economia do Equador, Juan Carlos Vega, disse na 4ª feira (21.fev.2024) que o país aumentará o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) de 12% para 15% “para sustentar a bem-sucedida campanha contra a insegurança”. Em entrevista à emissora Teleamazonas, ele afirmou que o aumento será a partir de 1º de abril, mas não especificou por quanto tempo o novo valor vai vigorar. 

Segundo Vega, o orçamento de 2024 enviado à Assembleia do país em 20 de fevereiro não contempla o aumento do IVA. Mas o ministro afirmou que os recursos serão atribuídos principalmente a questões de segurança.

Desde o início deste ano, o Equador vive uma guerra civil. Em 8 de janeiro foi decretado estado de exceção em todo o território. A medida foi tomada depois de uma crise causada pelo fortalecimento de facções criminosas no país.


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O presidente do Equador, Daniel Noboa tem 35 anos e tomou posse em novembro do ano passado, para um “mandato tampão” de 1 ano e meio. Sua plataforma política tem como foco a reforma do sistema prisional e judicial do Equador. Ele defende a formação de policiais em técnicas de resolução pacífica de conflitos e o desenvolvimento de programas de reabilitação para presos com o objetivo de reduzir as taxas de reincidência.

A campanha eleitoral foi marcada por diversos casos de violência. Faltando 11 dias para o 1º turno, o candidato à Presidência equatoriana, Fernando Villavicencio, do partido Movimiento Construye, foi assassinado com 3 tiros no momento em que saía de um comício rumo a seu carro.

Houve ainda a morte de Pedro Briones, líder do movimento político fundado pelo ex-presidente Rafael Correa, e um atentado contra Estefany Puente –candidata à Assembleia Nacional do Equador, que teve seu carro baleado e foi atingida de raspão no braço esquerdo.

Em 17 de agosto, tiros foram ouvidos durante um comício da campanha de Noboa na cidade de Durán, região oeste do país. No X (antigo Twitter), o então candidato informou o ataque e disse que não houve feridos. Durante o 2º tuno, os candidatos foram às urnas usando coletes à prova de balas.

Especialistas entrevistados pelo Poder360 em agosto deste ano afirmaram que a crise na segurança do Equador é causada pelo fortalecimento de facções criminosas e do narcotráfico no país. Leia a reportagem completa aqui.

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