Levantamento feito pela Alliance for Audited Media e publicado pela Press Gazette mostra que a circulação média dos 10 principais jornais impressos dos Estados Unidos caiu 13% em 2023 em comparação ao ano anterior.
A maior baixa nas tiragens foi do Los Angeles Times, de 17%: saiu de 127 mil exemplares em 2022 para 106 mil em 2023. Os 2 maiores jornais do país, Wall Street Journal e New York Times, também tiveram quedas expressiva nas circulações diárias –de 14% e 13%, respectivamente.
Somados, o número de exemplares impressos pelos 10 jornais saiu de 2,6 milhões em 2022 para 1,6 milhão em 2023. O resultado mostra o declínio no impresso que, com a ascensão do digital, acabou perdendo espaço ao longo dos anos.
O cenário, porém, não é particular dos EUA. No Reino Unido, os 16 principais jornais impressos registraram queda de 12% na circulação de janeiro de 2023 a janeiro de 2024, segundo dados da Alliance for Audited Media.
O Sunday People teve o pior desempenho no período: caiu 22%. Em janeiro de 2023, foram impressos 71.980 exemplares do jornal contra 59.000 no mesmo mês de 2024.
Dentro os jornais britânicos no qual os impressos são distribuídos gratuitamente, o único que apresentou redução na circulação foi o Evening Standar (-12%). O Metro e o City AM se mantiveram estáveis no período.
Jornais como Guardian e Observer não divulgam a circulação desde 2021. Seguiram a mesma linha de Sun e Times, que pararam em 2020. Um ano antes, o Telegraph já havia decidido não publicar mais os números.
No Brasil
O último levantamento do Poder360, publicado em janeiro deste ano, mostra que o impresso continua em queda vertiginosa.
O Estado de S. Paulo caiu de 60.446 assinantes da sua versão impressa em dezembro de 2022 para 56.356 em dezembro de 2023 (queda de 6,8%). O Globo terminou o ano passado com 52.933 (redução de 12,9%). A Folha tem 41.401 (retração de 13,9%).