A BRF registrou lucro líquido de R$ 754 milhões no 4º trimestre de 2023 –aumento de 178,9% em relação aos R$ 956 milhões de prejuízo no mesmo período do ano passado. Os dados são do último balanço trimestral divulgado nesta 2ª feira (26.fev.2024).
Apesar da recuperação da sequência de 7 trimestres negativos, a BRF fechou o ano de 2023 com um prejuízo de R$ 1,86 bilhões –número 39,5% melhor do que o prejuízo anual de R$ 3,09 bilhões em 2022. Eis a íntegra do balanço (PDF – 3 MB).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) trimestral da empresa também apresentou alta de 76,3%. Foi de R$ 1,07 bilhões para R$ 1,9 bilhões.
Por outro lado, a receita líquida teve uma leve queda de 2,3% do 4º trimestre de 2022 para o mesmo período em 2023, indo de R$ 14,77 bilhões para R$ 14,43 bilhões.
No acumulado, a receita líquida se manteve praticamente estável, com variação negativa de 0,4%, registrando R$ 53,6 bilhões em 2023.
O diretor-presidente da BRF, Miguel Gularte, disse que os resultados foram impulsionados pela “disciplina financeira da companhia depois do follow on” –a oferta de ações feita por uma empresa que tem capital aberto.
Além disso, Gularte falou do crescimento de posições da Marfrig, que se consolidou como controladora da BRF. No contexto do mercado brasileiro, Gularte atribui os resultados à “capitalização no tempo correto”, que coincidiu com a queda nos preços dos grãos.
Já no mercado internacional, o CEO afirmou que o crescimento sobre mercados no Oriente Médio, a retomada de exportações para o Reino Unido e a aquisição de 66 novas habilitações para exportação na América Latina, Ásia, Europa e África do Sul contribuíram para a reversão do prejuízo.