Um jovem de 25 anos morreu eletrocutado na noite de sábado (9.mar.2023) durante o festival de música I Wanna Be Tour, realizado no Riocentro, no Rio de Janeiro. João Vinícius Ferreira Simões encostou em um foodtruck energizado e recebeu uma descarga elétrica no corpo. Chovia no momento do acidente.
A vítima foi encaminhada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, localizado na Barra da Tijuca, mas não resistiu. A unidade informou que o paciente morreu no local vítima de uma parada cardiorrespiratória.
A produtora 30e, responsável pelo evento I Wanna Be Tour, declarou, em nota, que todos os protocolos de segurança foram seguidos quando a chuva se intensificou no evento.
De acordo com a nota, o sistema de segurança foi acionado para atendimento e socorro da vítima. Que houve pronto atendimento e todos os esforços pelas equipes médicas para ajudar João Vinícius.
“A 30e, produtora do evento, lamenta profundamente e está apurando o ocorrido junto às autoridades. Até então, informações obtidas atestam para a conformidade da operação do foodtruck. A produtora já estabeleceu um primeiro contato com a família do jovem para prestar solidariedade e dar toda a assistência necessária”, escreveu.
“DESPREPARO”
O estudante de arquitetura e urbanismo Vinicius Bragança estava perto do local do incidente. Ele disse que a parte da área estava alagada e caíam muitos raios nas proximidades. Ao chegar na praça de alimentação, ele ouviu funcionários gritando e viu João Vinícius caído, recostado na estrutura de um foodtruck, de braços cruzados e paralisado.
A testemunha afirma que houve despreparo dos funcionários que socorreram a vítima e da empresa que organizou o evento, a produtora 30e. Segundo ele, faltaram medidas rápidas de ajuda ao jovem eletrocutado, isolamento da área, cuidado com o público e com outros funcionários.
“Chegaram 3 funcionários analisando o foodtruck, e comecei a gritar de desespero, falando que eles precisavam tirar todo mundo de perto de todos os foodtrucks. Todo mundo estava bem molhado, a região alagada, os fios expostos já estavam submersos. Acredito que foi esse o motivo da descarga elétrica que vitimou o jovem”, declarou Vinicius Bragança.
O estudante disse que “os funcionários pareciam não saber reagir diante da situação. Gritei e eles começaram a pedir para o pessoal se afastar do local. Usaram lixeiras do evento para isolar o perímetro”.
Bragança afirmou que só depois de 15 minutos é que a energia geral dos foodtrucks foi interrompida. “Notei despreparo desde o início do incidente. Não vi equipe médica uniformizada ou com identificação, apenas funcionários de preto que pareciam cuidar da manutenção do evento”, disse.
Com informações da Agência Brasil