A intitulada “Casa da Morte”, em Petrópolis (RJ), será adquirida pelo governo federal para ser transformada em um memorial da ditadura militar (1964-1985). O anúncio foi feito nesta 6ª feira (2.fev.2024) pelo ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, durante café da manhã com jornalistas.
“Estamos falando com a prefeitura de Petrópolis e conduzindo as negociações de desapropriação da residência. […] Acho que esse memorial será uma conquista muito grande para todos nós. Será fundamental como uma política da nossa memória. A memória é fundamental na luta dos direitos humano”, afirmou.
A casa vai ser transformada no Memorial de Liberdade, Verdade e Justiça. Apesar do ministério participar das tratativas, a UFF (Universidade Federal Fluminense) irá assumir a gestão do local.
CÁRCERE E TORTURA
A “Casa da Morte” foi um centro clandestino de tortura e assassinato criado por órgãos de repressão da ditadura militar em uma residência em Petrópolis. Ali, guerrilheiros da luta armada e de acusados de se rebelar contra a ditadura foram mortos.
Inês Etienne, militante da organização guerrilheira VAR-Palmares –que lutava contra o regime militar– é reconhecida como a única sobrevivente da “Casa da Morte”. Ela morreu em 2015, de causas naturais,
Segundo o processo, Inês foi levada à força e mantida por 6 meses no local até ser transferida, em novembro de 1971, para o Presídio Feminino Talavera Bruce, em Bangu, zona oeste do Rio, onde permaneceu até 1979, quando foi solta.
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