Gestão da Chapada dos Guimarães é concedida à iniciativa privada

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, foi leiloado na 6ª feira (2.fev.2024) à iniciativa privada por R$ 926 mil. A  concessionária Parques FIP (Fundos de Investimento em Participações) em Infraestrutura venceu o certame na Bolsa de Valores de São Paulo.

Agora, a parceria entre poder público e iniciativa privada resultará em recursos de R$ 218 milhões para investimentos em infraestrutura, serviços de apoio à visitação e operação turística pelos próximos 30 anos na unidade de conservação.

De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), esses recursos “contribuirão para o desenvolvimento do turismo na região, bem como para a conservação ambiental no parque, que foi declarado Reserva da Biosfera do Pantanal pela Unesco”.

O ICMBio diz não se tratar de privatização, mas de uma concessão. Segundo o órgão, por meio dela, serviços serão delegados com o objetivo de melhor atender aos turistas.

A previsão é de que sejam criados mais 900 empregos diretos e indiretos por meio dessa concessão. Há também a expectativa de o parque resultar em aumento da arrecadação fiscal na região.

“Parte da receita operacional bruta da concessão será revertida para os encargos acessórios de responsabilidade socioambiental, como ações de educação ambiental, projetos de integração com comunidades do entorno, monitoramento e projetos de pesquisa”, disse o instituto.

Parque

Criado em 12 de abril de 1989, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT) protege amostras significativas dos ecossistemas locais e assegura a preservação dos recursos naturais, “proporcionando uso adequado para visitação, educação e pesquisa.”

Trata-se de um dos parques nacionais mais visitados do país, com mais de 132 mil visitas em 2022. Com 32,6 mil hectares, o parque representa uma área natural do cerrado, segundo maior bioma brasileiro, e abriga nascentes de rios que formam o Pantanal. A unidade contribui também para a preservação de sítios arqueológicos existentes na área.

Conhecido como “caixa d’água” de Cuiabá, o parque protege os mananciais que abastecem a região metropolitana da capital mato-grossense.


Com informadores da Agência Brasil.

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