Robert Hur, promotor especial que investiga o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu nesta 5ª feira (8.fev.2024) que não há razões para acusá-lo criminalmente pelo manuseio de material classificado depois de deixar a vice-presidência em 2017.
Segundo Robert Hur, o democrata, de 81 anos, tem problemas de memória, o que dificultaria convencer o júri a considerá-lo culpado no caso.
No relatório divulgado nesta 5ª feira (8.fev), Hur diz haver evidências de que Biden, ao deixar a Casa Branca, compartilhou materiais sensíveis, incluindo documentos secretos sobre o Afeganistão e anotações de reuniões internas. Leia a íntegra (PDF – 48 MB, em inglês).
Biden teria, então, compartilhado esses arquivos com um escritor que o ajudou a escrever seu livro de memórias, “Promise Me, Dad“, lançado em 2017, mesmo sabendo que parte do conteúdo era confidencial.
Entretanto, no documento, Hur diz que decidiu arquivar o caso ao se questionar sobre a capacidade mental do atual presidente. O promotor afirma que Biden, candidato democrata para as eleições presidenciais de 2024, teve dificuldade em lembrar informações importantes enquanto vice-presidente, incluindo o período em que desempenhou o cargo na Casa Branca.
Em um dos momentos mais críticos durante as entrevistas, segundo o procurador, Biden esqueceu a data da morte de seu filho Beau, que morreu em 2015, aos 46 anos.
Segundo Hur, Biden teria uma memória “significativamente limitada”.
“Nós consideramos que em um julgamento Biden provavelmente se apresentaria aos jurados, como foi o caso na nossa entrevista, como um senhor de idade bem-intencionado, simpático e com uma memória fraca”, afirmou.
GAFES DO PRESIDENTE
Durante um evento de campanha em Las Vegas no domingo (4.fev), Biden cometeu uma gafe e chamou Emmanuel Macron, atual presidente da França, pelo nome de um ex-presidente francês, François Mitterrand (1916-1996).
A declaração de Biden foi corrigida na transcrição publicada pela Casa Branca. Na ocasião, o presidente dos EUA relatava uma reunião com líderes do G7 em junho de 2021.
Desde o início do mandato, opositores usam deslizes cometidos pelo chefe do Executivo dos EUA para criticá-lo. Em publicações nas redes sociais, os eleitores da direita norte-americana chamam Biden de “senil”, “confuso” e “demente”, citando sua idade para reforçar o discurso.
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