A Polícia Civil de São Paulo tornou público, na 5ª feira (13.jun.2024), um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado que usava pensões e hotéis na região da Cracolândia, centro da capital. Segundo as investigações, ao menos 28 hospedagens são suspeitas de serem a base de um ecossistema financeiro do PCC. Todas foram interditados.
Os hotéis seriam utilizados para o armazenamento de drogas, além de ponto de partida para uma série de operações fraudulentas, conforme a polícia.
“De lá, saiam recursos que iam para empresas, em praticamente uma rede colaborativa do crime organizado, até chegar nas destinatárias finais, empresas de membros do PCC”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite.
O Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) da Polícia Civil iniciou o processo investigativo há 1 ano. Denominado de operação Downtown ele teve 3 fases. A 3ª, deflagrada neste semana, deteve 14 pessoas durante o cumprimento de 140 mandados de busca e apreensão.
Durante as ações, foram apreendidas joias, armas, drogas e R$ 27.000 em espécie. Um laboratório de drogas associado ao PCC também foi descoberto em São Lourenço da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
De acordo com Derrite, a polícia ainda deve confirmar o volume total de recursos lavados pela organização criminosa no esquema.
“Essa operação é uma asfixia financeira nesse ecossistema criminoso utilizado pelo PCC para lavar o dinheiro do tráfico de drogas”, disse.
Eis o histórico da Operação Downtown:
- 1ª fase, deflagrada em junho de 2023, resultou na prisão de 33 pessoas. Foram feitos 27 mandados de busca e apreensão.
- 2ª fase, em 4 de junho de 2024, terminou com 5 presos e R$ 43 mil apreendidos. Foram feitos 13 mandados de busca e apreensão.
- 3ª fase, em 13 de junho, deteve 14 pessoas e interditou 28 estabelecimentos em 140 mandados de busca e apreensão.
Assista à fala do secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite à imprensa sobre a Operação Downtown (2min15s):