O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta 4ª feira (19.jun.2024) que a posição do Brasil sobre o conflito na Faixa de Gaza contra o grupo extremista Hamas é de estar ao lado de Israel, mas afirmou haver críticas ao governo de Benjamin Netanyahu.
Segundo Vieira, o Brasil nunca questionou o “direito de defesa” de Israel no conflito contra o Hamas, mas avalia ser “desproporcional” a reação do governo israelense. Deu declaração na CRE (Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional) da Câmara dos Deputados.
“Brasil está do lado de Israel desde do nascimento de Israel, quando foi criado na ONU numa assembleia geral […] Mas nós temos uma posição crítica do atual governo do primeiro-ministro de Israel. Acreditamos haver uma reação desproporcional”, declarou Vieira.
Apesar da retirada do embaixador de Israel, Mauro Vieira afirma que Brasil não rompeu as relações com Tel Aviv. “O embaixador já deixou a embaixada, mas isso não quer dizer que rompemos as relações com Israel”, declarou.
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Lula e Israel
Desde 7 de outubro de 2023, quando Israel declarou guerra ao Hamas, o governo brasileiro sugeriu medidas para o conflito. A 1ª foi a proposta de resolução, articulada pela diplomacia brasileira, que pedia pausas humanitárias nos ataques, mas a medida acabou vetada pelos Estados Unidos.
No final de abril de 2024, com EUA e mais 15 países, Lula voltou a pedir que o Hamas libertasse os reféns de cativeiro em Gaza.
O diplomata Frederico Meyer foi oficialmente removido do cargo de embaixador em Israel pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pouco antes de voltar ao Brasil, Meyer protagonizou um episódio considerado “humilhante” pelo Itamaraty.
O embaixador foi levado pelo ministro das Relações Exteriores de Israel ao Museu do Holocausto depois de Lula ter comparado a ação militar israelense em Gaza ao extermínio de judeus por Adolf Hitler na 2ª Guerra Mundial.
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