Conselho médico em SP pede que Anvisa restrinja o uso de fenol

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) pediu à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para restringir a venda de substâncias usadas em determinados procedimentos estéticos, como o fenol. A autarquia argumenta que a venda dos insumos para não-médicos fere a Lei do Ato Médico (12.842/2013).

Representantes do Cremesp e da Anvisa se reuniram na 4ª feira (19.jun.2024) para discutir o pedido. A reunião foi feita pouco mais de suas semanas depois da morte do empresário Henrique Chagas, 27 anos, que morreu após realizar o chamado “peeling de fenol” em uma clínica estética de São Paulo.

Há necessidade de ampliar o cerco à comercialização irregular de medicamentos, equipamentos e insumos de uso médico, os quais têm sido vendidos indiscriminadamente, até pela internet, permitindo que pessoas anunciem a oferta de serviços para os quais não estão qualificadas”, disse o Cremesp em nota.

Junto à SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), o Cremesp listou os itens como necessário a maior controle:

  • ácido salicílico;
  • ácido tioglicólico;
  • ácido retinóico;
  • ácido tricloroacético;
  • fenol;
  • toxina botulínica;
  • preenchedores temporários à base de ácido hialurônico;
  • bioestimuladores (temporários e semi-temporários);
  • ácido tranexâmico; e
  • lipolíticos, como o ácido desoxicólico.

Além da comercialização, a organização pediu pelo reforço da fiscalização em clínicas que oferecem os serviços estéticos.

REGRAS SANITÁRIAS

O grupo sugeriu aos diretores da Anvisa a elaboração de um escopo de regras sanitárias e éticas que coíbam o exercício ilegal da medicina, especialmente em áreas e abordagens “de maior risco para saúde, integridade e vida dos pacientes“.

É necessário conscientizar a população sobre a importância de que procedimentos estáticos invasivos sejam feitos por médicos preparados e em locais com infraestrutura adequada“, afirmou.

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