Economistas do BofA (Bank of America) afirmaram na 6ª feira (21.jun.2024) que estão mais otimistas quanto à possibilidade de a economia dos Estados Unidos evitar uma recessão ou uma desaceleração acentuada, denominando essa expectativa de “sem pouso”.
O termo “sem pouso” descreve um cenário em que a economia americana mantém seu crescimento constante, mesmo diante de potenciais riscos de desaceleração.
“Acreditamos que os fatores que contribuíram para o desempenho destacado da economia americana nos últimos anos continuem a impulsioná-la, incluindo o robusto crescimento da força de trabalho, a recuperação do emprego, políticas fiscais favoráveis e o aumento dos investimentos em manufatura doméstica”, relataram.
Contudo, os economistas estimam uma redução progressiva dessas vantagens, o que poderia resultar em um declínio do desempenho superior dos EUA.
Além disso, o BofA projeta condições financeiras mais restritivas, padrões de crédito mais rigorosos, uma redução nos efeitos da riqueza e um dólar fortalecido.
O banco ajustou suas previsões para o crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto), esperando uma desaceleração de 3,1% em 2023 para 2,1% em 2024, seguido por 2% em 2025 e 1,8% em 2026. Esta projeção temporária de crescimento mais acelerado, de 2,2%, é atribuída à expansão rápida da força de trabalho.
Entretanto, com a previsão de uma redução nos fluxos de imigração, os economistas antecipam que o crescimento tendencial retorne aos níveis anteriores à pandemia, em torno de 1,8%. Apesar de uma desaceleração esperada no crescimento do PIB, estimam que siga uma trajetória estável até 2026.
A expectativa é que a taxa de desemprego se mantenha baixa nos próximos anos, com uma previsão de média de 3,8% no 1º trimestre de 2024, atingindo um pico de 4,2%.
“Há riscos em ambas as direções: uma redução na imigração combinada com uma alta demanda por mão de obra pode reduzir a taxa de desemprego, enquanto um aumento na imigração e uma contratação mais lenta podem elevar a taxa U3”, explicaram.
O BofA também reafirmou sua previsão para 2024, esperando uma desaceleração na inflação, mas com estabilidade, devido ao lento declínio na inflação de serviços.
Quanto à política monetária, os economistas esperam que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) inicie cortes trimestrais nas taxas a partir de dezembro, alcançando um patamar de 3,5 a 3,75% em 2026.
“O maior risco, na nossa visão, é que a inflação permaneça alta o suficiente para manter o Fed em posição de espera por mais tempo do que o antecipado”, concluíram.
Com informações da Investing Brasil.