Um artigo publicado na revista Nature Ecology and Evolution na 2ª feira (24.jun.2024) revelou de 2,2 vezes mais incêndios florestais no mundo durante as últimas duas décadas. A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade da Tasmânia, na Austrália.
O estudo examinou diferentes países e biomas, incluindo Amazônia, Sibéria e regiões de Austrália, Canadá, Chile e Indonésia. A conclusão destaca que as 6 piores temporadas de incêndios forem registradas nos últimos 7 anos, constatando uma tendência crescente, principalmente em biomas temperados de coníferas e florestas boreais próximas ao Ártico.
Os cientistas, que tiveram acesso a 21 anos de dados obtidos por satélite, desenvolveram uma nova metodologia para medir a energia radiativa liberada pelos incêndios. Os resultados mostraram um aumento do dobro da frequência de eventos extremos, com um crescimento ainda maior na intensidade do fogo durante a noite.
A ligação entre o aumento dos incêndios florestais e as mudanças climáticas foram enfatizadas pela pesquisa. “A mudança climática já fez com que o clima de incêndio se afastasse de sua variabilidade histórica em cerca de 20% da área de terra incendiável em todo o mundo”, destaca o artigo.